A aprendizagem socioemocional mostra que ser perseverante é mais importante do que ter talento
Você é feliz na sua profissão? Conhece alguém frustrado na carreira? Não desenvolver habilidades socioemocionais, como a perseverança, durante a infância pode refletir em adultos desiludidos com o trabalho. A boa notícia? Nunca é tarde demais para aprender competências essenciais a fim de obter sucesso na vida profissional.
Um dos temas discutidos durante a aprendizagem socioemocional é a resiliência. O termo, que se disseminou no Brasil há pouco tempo, diz respeito à capacidade do ser humano de se adaptar a situações desfavoráveis.
“Hoje sabemos que aqueles que têm sucesso na vida, tanto profissional quanto pessoal, não são necessariamente as pessoas mais talentosas, mas as mais perseverantes”, explica Eduardo Calbucci, professor e um dos criadores do Programa Semente.
Assim, o sucesso depende muito mais de como lidamos com as nossas emoções do que com nossos dons. “O talento pode ajudar, mas se não vier acompanhado de determinação, ele tem pouco efeito na vida adulta”, completa.
Desenvolvendo a perseverança
Quantos estudantes tiveram que fazer cursinho durante vários anos para entrar na universidade que tanto almejava? Ou quantas notas baixas um médico renomado não tirou durante o período de faculdade? A perseverança está presente em todos os momento.
É fundamental compreender que as frustrações fazem parte da vida, mas que elas não são motivo para nos fazer desistir dos objetivos. Por meio da aprendizagem socioemocional é possível desenvolver a resiliência e a perseverança.
Prova disso é o estudo recente feito com cerca de 9,6 mil estudantes. Eles responderam a dois questionários, um antes e outro depois de usarem o conteúdo do Programa Semente. Os dados indicaram impactos positivos nos níveis de autocontrole, empatia, autoconhecimento e habilidades sociais.
“É preciso mostrar desde cedo às crianças que todos nós iremos passar por situações difíceis na vida, mas que não desistir e aprender com os erros é o mais importante”, diz Calbucci.
