Domínios socioemocionais são grandes aliados para enfrentar os períodos de tensão na reta final do ano letivo
É um consenso nas escolas: o segundo semestre passa voando! Os meses à frente são marcados pela pressão em todos os níveis da estrutura escolar. Enquanto os coordenadores têm de apresentar resultados, os professores precisam dar conta do conteúdo e conduzir outras atividades, como feiras de ciências e provas de recuperação. Por sua vez, os alunos enfrentam os desafios de manter boas notas, recuperar as ruins e, no caso do Ensino Médio, estudar para o vestibular… O furacão que invade os colégios pode ser melhor administrado quando os domínios socioemocionais são colocados em prática.
Para Tania Fontolan, ex-diretora geral do Programa Semente, a tomada de decisões responsáveis é essencial no planejamento. Assim, é válido aproveitar experiências de anos anteriores para reforçar o que deu certo e ajustar o que não funcionou. “Parece óbvio, mas na ansiedade muitas pessoas se atrapalham na hora de planejar os próximos passos e utilizam pouco a boa experiência acumulada. Tomamos decisões melhores quando conseguimos considerar mais variáveis simultaneamente. Avaliar o que já vivemos é fundamental nesse processo”, aponta a educadora.
Após o planejamento, é hora de manter o foco e cumprir as metas. “Dificuldades e intercorrências acontecem. A palavra-chave é equilíbrio”, avalia Tania, que lembra a importância da resiliência para não desistir diante das dificuldades. “Por outro lado, às vezes é necessário reavaliar a situação para não insistir indefinidamente em estratégias que estão se mostrando inadequadas. Perseverança e teimosia são coisas diferentes”, adverte.
A pressão do vestibular
Para os alunos que irão prestar processos seletivos como o Enem e os vestibulares, é aconselhável que usem os meses que seguem para desenvolver estratégias para lidar com a pressão do momento. Técnicas de respiração podem ajudar no controle da ansiedade, por exemplo. “Assim, a preparação conceitual não será sobrepujada pelo desequilíbrio emocional", diz Tania.
Em meio ao momento turbulento da reta final do ano letivo, colocar em prática o que já se aprendeu sobre as habilidades socioemocionais é um poderoso instrumento de auxílio no cumprimento dos compromissos. Isso serve tanto para o corpo docente quanto para os estudantes. Afinal, o equilíbrio emocional é competência essencial para todo ser humano. Se sua escola ainda não desenvolve a aprendizagem socioemocional, clique aqui para saber mais.